Nei Duclós
A noite nos abraça, avesso de
pálida. Nossas mãos em pânico se acham. Acendemos o fogo sob o frio intenso
Trazes a diferença, o amor que voa longe.
O que digo é simples. Ligue no que
nos ilumina.
Quero-te ao redor, armadilha de açúcar.
Quando me visitas a voo de pássaro
vibro em cada pulo da tua tormenta.
Não te alcanço, por mais que te
escreva.
De que adianta o amor se não estamos
juntos?
Te foste, andorinha do pampa.
Entraste no mato em voo rasante. Não voltas, combinação de encantos
Bonita demais o que me dás de
espírito. Bebo na fonte de puro alívio.
Tudo o que sou de torto não te chama
a atenção. Enxergas apenas meu coração quando não se esconde.
Pode levantar agora, disse o anjo.
Você está morto.
Celebro a beleza, último lance do
cosmo antes do sumiço das estrelas.
Foram-se os sonhos, em disparada.
Mas bateste na porta, andarilha fogosa.
Fique só, só quando me aguardas
Porque estás próxima ganhei mais
vidas. Quero gastá-las com teu toque.