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7 de fevereiro de 2012
ESPARRAMO
Nei Duclós
Tudo é mistério e delicia, doçura,
tudo é prazer na diferença.
Barba antiga no batom vermelho,
rouquidão na seda. Beijo traiçoeiro.
Garra que afunda até ficares trêmula.
Colar de desejos. Posta sem sossego
cheiro de pêssego. Ombro no cabelo
umbigo de extrema consistência
Agora sem complexo. Ardor que configura
o gesto esparramado pelo ermo. Lá onde
morava a desventura de estar preso
Rompemos o relento com a mão no meio
penugem em curva, floresta de espelhos
sonhas concêntrica, pétala de joelhos
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