29 de fevereiro de 2012

RUY ALTENFELDER: O TEXTO E A AÇÃO


Nei Duclós

A cultura corporativa, nicho do pragmatismo, é um foco gerador de pensamento mergulhado na realidade, já que obedece a estratégias internas e externas de curto, médio e longo prazo. Quem ocupa o topo da cadeia empreendedora é a indústria, parâmetro e origem das outras atividades como comércio e serviços. Produzir é fundamentalmente criar atividades remuneradas para que o mecanismo social funcione e haja rodízio de renda, alimentadora das necessidades básicas humanas. Nessa espiral está situado o trabalho exemplar de Ruy Martins Altenfelder Silva, um pensador full time e um homem de ação, já que participa de inúmeras entidades que movimentam esse volume de idéias que fazem parte do Brasil contemporâneo.

No seu mais recente livro, Repensando o Brasil: Ética para Todos (Pax e Spes, 178 pgs., com prefácio de Ives Gandra Martins), Dr. Ruy contribui, dentro da unidade dos princípios que regem as nações, com a diversidade das propostas que devem orientar o país neste momento de transformações. Pois o discurso sobre a ética está na boca de todos, mas é mais rara sua sintonia fina: como ela funciona, como pode impregnar o tecido social, como vai refazer o esgarçamento provocado pelas rupturas, como vai contribuir para o aperfeiçoamento da atividade política, como vai acompanhar o ritmo de mudanças radicais do mundo nos negócios somando-se aos benefícios, lucros, distribuição de recursos etc.?

É disso que o Dr. Ruy cuida em sua atividade permanente tanto nos eventos que costuma implantar, atraindo as maiores cabeças do país para o debate, quando na sua atividade de escritor, por meio de artigos publicados desde 2004 (com destaque para os mais recentes) nos principais veículos do país, como Estadão e Correio Braziliense. Podemos ver nos seus textos como a eficiência e e a ousadia pautadas pela ética promovem a prosperidade, dentro dos desafios e recursos do nosso tempo, sendo necessário somar nessa tarefa o sistema educacional, a estrutura jurídica, o mundo do trabalho, a cidadania, a burocracia etc.

É importante que nossa elite empresarial continue participando dessa atividade secular fundamental que é repensar sempre o Brasil, nossa charada favorita.Pois não basta os scholars, os políticos, os juristas, os diplomatas se manifestarem, é preciso que os empresários e suas lideranças continuem vindo a campo para poder equilibrar essa grande massa crítica que se forma no convívio nacional. Ruy Altenfelder, por sua decana atividade nesse ramo, é uma das mentes mais atuantes, que honram o núcleo humano ao qual pertence.

Atualmente Presidente Voluntário do Conselho de Administração do CIEE/SP e do Conselho Diretor do CIEE Nacional (Centro de Integração Empresa-Escola) , Ruy Altenfelder, por vários anos, foi diretor geral do Instituto Roberto Simonsen, quando tive o privilégio de conhecê-lo na época em que fiz parte dos quadros de comunicação do sistema Fiesp/Ciesp.

Tanto nas conversas em seu gabinete quando nos eventos patrocinados pelo Instituto, aprendi muito sobre o Brasil e suas atividades econômicas. Convivi com uma variada gama de opiniões e propostas e ajudei a pesquisar sobre o que estava acontecendo no mundo corporativo e quais as soluções que os especialistas apontavam ou estavam elaborando. Acumulei importante acervo crítico, graças ao convívio com a inteligência e a liderança que o parque industrial e suas entidades geram e atraem em sua missão.

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