13 de junho de 2011

ALGUMAS CITAÇÕES IMPORTANTES


Fiz um rápido apanhado de citações de alguns autores sobre o que escrevo aqui ou publico na imprensa impressa. Vai na sequência:

MARIO QUINTANA: A METALINGUAGEM NUMA ENGANADORA SIMPLICIDADE, de João Batista de Lima, professor da Universidade de Fortaleza e da Universidade Federal do Ceará


Esse percurso feito por Quintana da palavra ao verso, para chegar ao metapoema, transcorre aparentemente tão sutil, tão simples que só se pode traduzir nessa expressão: “é uma simplicidade enganadora.” O menino por trás da janela, como o poeta se auto-define, pode ser um poeta por trás da janela com todo o domínio da imagem que se descortina mas sem poder de ordenação. Portanto essa simplicidade de Quintana, esse alheamento às normas impostas pelos estilos de época, tornou-se singular na sua obra. Daí a conclusão de Nei Duclós de que: “Ele sobreviveu aos passadistas escandalizados com o verso livre, aos modernistas que vaiavam o soneto, aos concretistas alérgicos ao discurso, aos épicos que odiavam o lirismo, aos românticos chocados com a crueza. Enfrentou também os engajados que confundiam ironia com alienação, os pretensos cosmopolitas que o acusavam de provincianismo, além dos entendidos que procuraram segurar o anjo pelas asas, quando tentaram enquadrá-lo num xadrez historicista, estruturalista, marxista, reacionário ou simplesmente pedante”. (1992:11).
DUCLÓS, N. O flagelo do Senhor. Jornal Zero Hora, Porto Alegre, 25 jul. 1992.


RETRATOS FALADOS: a transfiguração do jornalista no imaginário popular em Nelson Rodrigues, por Juliane Maria Mathiole da Silva (Aluna do Curso de Comunicação Social).Monografia apresentada à Banca Examinadora na disicplina Projetos Experimentais.UFJF FACOM 2. sem. 2002

O que se cobra de um bom profissional é o senso crítico, a capacidade de observação, a sabedoria de distinguir o importante do eventual, a capacidade de ligar fatos e saber ouvir, atuando de forma objetiva, clara e imparcial, escutando todos os lados. E, além disso, ser humilde, como comenta Nei Duclós: O jornalista não é, realmente, aquele que sabe, é o que procura saber. Não está a cargo, do jornalista, vulgarizar a linguagem, torná-la acessível artificialmente. Ele precisa arrancar da fonte a chave do enigma. Para isso precisa perguntar, precisa ter humildade para assumir que não sabe

DUCLÓS, Nei. Quem tem área é futebol. 2002. Redação sem máscara – textos de memórias sobre jornalismo. Disponível aqui.


100 ANOS DE PROPAGANDA EM SANTOS, de Cinara Augusto e Marco Antonio Batan, publicitários há mais de 30 anos. Doutores em Ciências da Comunicação (USP).

Conversando no bar (Saudades dos aviões da Panair), de Milton Nascimento e Fernando Brandt, na magistral interpretação de Elis Regina em 1974, foi criada dez anos depois do golpe de 64 e tornou a extinção da Panair símbolo nacional da prepotência militar, para não deixar esquecer esse tempo, conforme Nei Duclós (18.05.2009). A música/letra tem tudo a ver com Santos, referindo-se à Panair e aos bondes, absolutamente integrantes da identidade santista, ainda que não conste tenha sido essa a intenção dos autores mineiros.

Duclós (18.05.2009), poeta e jornalista, faz a leitura da letra de Brandt, enfatizando que ela trata poeticamente da ditadura:
“Lá vinha o bonde no sobe e desce ladeira”. Os bondes não poluíam, eram uma maravilha urbana. A ditadura cuidou de destruir tudo, embalada pelo precedente aberto pelo JK, que sucateou toda a linha férrea brasileira num acordo de gaveta com os gringos, para ficarmos totalmente dependentes da gasolina e do óleo diesel. “E o motorneiro parava a orquestra um minuto./ Para me contar casos da campanha da Itália/”. O motorneiro tinha a manha de parar o bonde (a “orquestra” era o barulho do veículo) para conversar com os passageiros. O que ele conversava? Sobre a campanha da Itália. Qual foi ela? A da FEB – Força Expedicionária Brasileira, criada por Getúlio Vargas para combater o nazi-fascismo na Europa. Havia uma linhagem da memória: o veterano de guerra contava histórias para o menino na viagem de bonde. Isso chama-se civilização brasileira. “E de um tiro que ele não levou/levei um susto imenso nas asas da Pan Air”. O tiro que ele não levou significa que sobreviveu. É parecido com o grande peixe que escapou: a aventura é contada por meio do drama, do suspense, despertando a curiosidade. O fato relembrado é quase uma anedota. O humor grudado à dor. E o verbo “levar” aqui serve para fazer a ligação da cena do bonde com a do avião. O susto do veterano diante da morte, que repassa ao menino, levanta vôo nas asas da mítica companhia, a que representa o Brasil assassinado. É hora do garoto se assustar. O susto que ele - e o resto do país - levou. “Descobri que as coisas mudam e que o mundo é pequeno nas asas da Pan Air” (...)
DUCLÓS, Nei. Blog. A fala oculta. Disponível em http://bit.ly/ltp6Rq


SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO/ PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE /UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE/ MATERIAL DIDÁTICO /OAC/ PROFESSORA SILMARA HAMMERSCHMIDT/ 1.2 ÁREA: MATEMÁTICA/ NÚCLEO REGIONAL: PATO BRANCO
Identificação do Conteúdo: Matemática Ensino Fundamental/ Conteúdo Específico: Ponto, reta e plano


A Geometria do jogo (Esportes)
Nei Duclós

Produção jornalística de autoria do poeta, jornalista e escritor Nei Duclós. Ele escreve sobre a relação entre o jogo de futebol e a geometria. Relata a influência e aplicabilidade dos conceitos geométricos para determinar os limites do campo, as regras, as estratégias de jogo, os passes dos jogadores de futebol. Leitura agradável e que desperta a atenção pelas comparações, definições e aproximações do conteúdo abstrato com fatos concretos do dia-a-dia. Sugestão para trabalho interdisciplinar com as disciplinas de Português, Educação Física e Artes.(Publicado no site de Nei Duclós. 28 de Maio de 2005.)


UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ/ CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTESPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS/ GIULIANO HARTMANN/ VIDA FLUÍDA E ESCRITA PERVERSA: A QUESTÃO IDENTITÁRIA EM A CÉU ABERTO DE JOÃO GILBERTO NOLL/ MARINGÁ 2011

Seus personagens são assim construídos por uma perspectiva minimalista, ausência de ornamentos e um enfoque fechado nos efeitos descritivos desses mínimos cotidianos que são incorporados ao ato de narrar. Nessa perspectiva, Nei Duclós (2004), ao comentar Hotel Atlântico, reitera que “Noll revela-se contra os conceitos gerados pelo hábito, pelas certezas ou até mesmo pela preguiça. Não quer ser enquadrado como escritor intimista, mesmo reconhecendo suas preocupações com a subjetividade” (DUCLÓS, 2004).
DUCLÓS, Nei. Orelha. In: NOLL, João Gilberto. Hotel Atlântico. São Paulo: Francis, 2004.

CURSO: LABORATÓRIO DE JORNALISMO IMPRESSO 2 (CESNORS/UFSM)
Texto usado: O que é reportagem?


“EU EXISTO PELO NOME QUE TE DEI”: ANA C. POR BERNARDO CARVALHO. Tese de André Luís de Araújo apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Letras – Estudos Literários, da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais, como parte dos requisitos para obtenção do grau de Doutor em Estudos Literários. Faculdade de Letras da UFMG. 2009

Nesse Elogio da Sombra, segundo Nei Duclós, não é a treva que ofusca a obra, mas um outro sol, imaginário antes, real agora, quando tudo vira linguagem. Inclusive o que não pode ser alcançado pelo poema, apenas sugerido, como os volumes condenados para sempre ao alto das prateleiras. Ao desistir de tudo, o escritor emerge como personagem, abandonando os leitores à própria sorte. Não foge, mas se encontra. Não trava, desanda. Não morre, eterniza-se. Aproveita para fazer seu inventário, que passa por Heráclito, Zeus, Buenos Aires, Joyce, Israel, o pampa, identificando-se com a matéria-prima que o envolveu o tempo todo. Nele, transparece a loucura; não o desatino dos doidos, mas a ardente lucidez da sabedoria.

UM GRITO PARADO NO AR - sobre o livro Vlado, de Paulo Markun na revista Senhor


CULTURA ESCOLAR MIGRAÇÕES E CIDADANIA
Actas do VII Congresso LUSOBRASILEIRO de História da Educação Junho 2008, Porto: Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação (Universidade do Porto) . O tempo e suas memórias: imagens e escritos da formação docente no Instituto de Educação de Campos dos Goytacazes / RJBrasil. Angela Maria Sanges de Alvarenga Rosa, Regina Márcia Gomes Crespo, Valéria Maria Neto Crespo Oliveira Lima. SECT/FAETEC/ISEPAM.

O texto diz o seguinte no ítem "O rio e sua cidade dialogando com o magistério: O diálogo é caminho para construção; é dialogando com o que se passa que a historia em curso vai sendo ressignificada. É com as palavras de Nei Duclós (apud Sanches, 2005. p.34), que o rio diz: Não passo em vão, não estou aqui para olhar o desfile, vim ver a multidão, vim encontrar os meus amigos, acertar uma ponte com minha geração. "

JOSÉ CASTELO. Numa resenha publicada no dia primeiro de fevereiro de 2002 no jornal O Estado de São Paulo, sobre o livro "Cartas a um jovem poeta", de Rilke, que vem acompanhada por um prefácio meu, o grande ensaista literário escreveu o seguinte no seu texto intitulado "Obra de Rilke é presságio literário: " A imagem escolhida pelo prefaciador desta edição das Cartas a um Jovem Poeta, Nei Duclós, é certeira: sua leitura, hoje, pode ser tomada como uma mensagem premonitória - e dissonante - que Rainer Maria Rilke despachou aos poetas do século seguinte. "É como se Rilke nos esperasse no futuro", Duclós escreve, "não para cobrar a conta, mas com sua iluminação eternamente disponível para uma vida mais completa".

RETORNO - Imagem desta edição: uma das bibliotecas da USP. Tirei daqui.

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