Nei Duclós
Quando o cristal se quebra
E risca o céu de mármore
E o verbo verte o vírus
Que recompõe a treva
Quando a torre enterra
O sino. E a ponte
cruza a mesa incerta
de borra e vinagre
Quando o sal carrega
a praia de migalhas
E o torpe enredo ganha
Status de refrega
E tudo se atrapalha
No atalho sombrio
do canudo em pane
entre o frio e o ferro
Quando tudo mata
O minuto inabitável
Do amor que enfim
No corrimão se molha
É hora do poema
Ângelus sem asas
Murmúrio de sargaços
Travo ao fim da tarde
Épico de alarmes
Arames de morcegos
Alho inodoro no portal
A espantar mortalhas
É hora do poema
E do catador de palhas
O que acende lampiões
Na Via Láctea
RETORNO - Imagem de hoje: A origem da Via Láctea, de Jacopo Tintoretto.
Quando o cristal se quebra
E risca o céu de mármore
E o verbo verte o vírus
Que recompõe a treva
Quando a torre enterra
O sino. E a ponte
cruza a mesa incerta
de borra e vinagre
Quando o sal carrega
a praia de migalhas
E o torpe enredo ganha
Status de refrega
E tudo se atrapalha
No atalho sombrio
do canudo em pane
entre o frio e o ferro
Quando tudo mata
O minuto inabitável
Do amor que enfim
No corrimão se molha
É hora do poema
Ângelus sem asas
Murmúrio de sargaços
Travo ao fim da tarde
Épico de alarmes
Arames de morcegos
Alho inodoro no portal
A espantar mortalhas
É hora do poema
E do catador de palhas
O que acende lampiões
Na Via Láctea
RETORNO - Imagem de hoje: A origem da Via Láctea, de Jacopo Tintoretto.
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