Dizem que, lá como cá, “a esperança venceu o medo”. Então vamos imaginar uma gestão Obama inspirada em Lula:
Antes de assumir, manda o chefe a Casa Civil, Rahm Emanuel, viajar clandestinamente para Brasília, como fez José Dirceu em Washington em 2003, e pede licença para governar. Lula concede, mas levanta o dedinho e avisa: “O Pré-Sal é nosso. Vocês podem tirar até a última gota, mas não deixem o Diário da Fonte saber”.
A Casa Branca compra duas toneladas de creme de leite e 5 mil pacotes de bolachas cream cacker. É para o caso de receber visitas. É aumentada a capacidade do freezer, para que toneladas de picanha sejam armazenadas para futuros encontros.
Obama joga soccer em Camp David e convida a dupla country Shiton Zim and Tchou Roro. Aparece de barriga de fora e com a carinha rosada. Faz declarações de longe, cuspindo em direção às câmaras.
Obama orgulha-se de ter sido reprovado na escola primária do Quênia. Disse que passou em Harvard colando. Garante que jamais abriu um livro. Diz que não precisa. “Vejam meu caso, virei presidente”, e dá uma risadinha esperta.
O governo americano tira as tropas do Iraque e as remete para o Haiti. Manda atirar até em capacetes azuis. Perde o general comandante em condições misteriosas, mas ninguém dá bola.
Obama viaja para La Paz e se abraça com Chavez e Morales, que acabaram de privatizar todas as empresas americanas em seus territórios. Sargent Garcia, seu assessor para assuntos internacionais, aplaude.
Obama faz dois discursos por dia, sacudindo o dedo e berrando. Quando lhe perguntam sobre as próximas eleições diz: “Quando se vota para presidente, se vota para presidente e quando se vota para prefeito, se vota para prefeito.”
Obama orgulha-se da sua mãe, que “nasceu analfabeta”. E garante que, não fosse por ela, todas as suas irmãs teriam feito a vida.
Começa todos os seus discursos com “never before in this country”.
A Justiça descobre grande esquema de corrupção na Casa Branca, mas Obama diz que não sabia de nada. Prendem o publicitário-mór, demitem os ministros, expulsam 800 mil militantes do Partido Democrata e ele sai mais fortalecido do que nunca, graças à contratação, a peso de ouro, da multinacional de pesquisa I Bopes (pronuncia-se “ai, bopes”)
Obama mantém a política econômica de Bush, com as bolsas em queda e a quebradeira geral das empresas.
Obama é reeleito pra o segundo mandato. No fear to be happy. The hope wined the fear.
RETORNO - Chama-se reportagem, metodologia quase em desuso. É assim: acontece um crime às sete da manhã, você tem o dia todo para levantar alguma coisa fora do prontuário policial. O que acontece? Todos reproduzem infinitamente os mesmos dados, chupados do trabalho do pobre escrivão da delegacia. Mas há exceções. Os jornalistas Plinio Delphino e Willian Novaes, do Diário de São Paulo, fizeram a reportagem que ninguém soube fazer sobre o assassinato da psicóloga na frente da sua casa em São Paulo. Falta ainda enfocar com profundidade alguns antecedentes: o assassinato, anos atrás, de outro pesquisador da Unifesp; o clima pesado na Universidade, que teve um reitor expulso em agosto e uma invasão nas suas dependências. Fatos que fazem parte, tenham ligações ou não, do acervo da matéria. Uma coisa pode ser outra coisa.
Sabe o que são esses inúmeros sujeitos que ficam em fente ao micro o dia todo obedecendo ordens de medíocres e reproduzindo o já sabido, sem ter a mínima curiosidade nem a formação profissional para abastecer os leitores de informação? São idênticos às criaturas do filme Matrix, que fornecem energia para um mundo virtual suspeito. O grande crime hoje não é o tiroteio, é essa omissão em massa das responsabilidades do jornalismo. Repórteres, fora da redação! Nem precisa mais disso. Com a tecnologia, a redação é você.
Falando nisso, Caco Barcellos e sua equipe mostraram na terça-feira passada como funciona o porto de Santos. O programa Profissão:Repórter é a máxima intensidade possível sobre um trabalho, o jornalismo, em decadência total. Reportagem dá problema. Pega mal na ditadura.
Antes de assumir, manda o chefe a Casa Civil, Rahm Emanuel, viajar clandestinamente para Brasília, como fez José Dirceu em Washington em 2003, e pede licença para governar. Lula concede, mas levanta o dedinho e avisa: “O Pré-Sal é nosso. Vocês podem tirar até a última gota, mas não deixem o Diário da Fonte saber”.
A Casa Branca compra duas toneladas de creme de leite e 5 mil pacotes de bolachas cream cacker. É para o caso de receber visitas. É aumentada a capacidade do freezer, para que toneladas de picanha sejam armazenadas para futuros encontros.
Obama joga soccer em Camp David e convida a dupla country Shiton Zim and Tchou Roro. Aparece de barriga de fora e com a carinha rosada. Faz declarações de longe, cuspindo em direção às câmaras.
Obama orgulha-se de ter sido reprovado na escola primária do Quênia. Disse que passou em Harvard colando. Garante que jamais abriu um livro. Diz que não precisa. “Vejam meu caso, virei presidente”, e dá uma risadinha esperta.
O governo americano tira as tropas do Iraque e as remete para o Haiti. Manda atirar até em capacetes azuis. Perde o general comandante em condições misteriosas, mas ninguém dá bola.
Obama viaja para La Paz e se abraça com Chavez e Morales, que acabaram de privatizar todas as empresas americanas em seus territórios. Sargent Garcia, seu assessor para assuntos internacionais, aplaude.
Obama faz dois discursos por dia, sacudindo o dedo e berrando. Quando lhe perguntam sobre as próximas eleições diz: “Quando se vota para presidente, se vota para presidente e quando se vota para prefeito, se vota para prefeito.”
Obama orgulha-se da sua mãe, que “nasceu analfabeta”. E garante que, não fosse por ela, todas as suas irmãs teriam feito a vida.
Começa todos os seus discursos com “never before in this country”.
A Justiça descobre grande esquema de corrupção na Casa Branca, mas Obama diz que não sabia de nada. Prendem o publicitário-mór, demitem os ministros, expulsam 800 mil militantes do Partido Democrata e ele sai mais fortalecido do que nunca, graças à contratação, a peso de ouro, da multinacional de pesquisa I Bopes (pronuncia-se “ai, bopes”)
Obama mantém a política econômica de Bush, com as bolsas em queda e a quebradeira geral das empresas.
Obama é reeleito pra o segundo mandato. No fear to be happy. The hope wined the fear.
RETORNO - Chama-se reportagem, metodologia quase em desuso. É assim: acontece um crime às sete da manhã, você tem o dia todo para levantar alguma coisa fora do prontuário policial. O que acontece? Todos reproduzem infinitamente os mesmos dados, chupados do trabalho do pobre escrivão da delegacia. Mas há exceções. Os jornalistas Plinio Delphino e Willian Novaes, do Diário de São Paulo, fizeram a reportagem que ninguém soube fazer sobre o assassinato da psicóloga na frente da sua casa em São Paulo. Falta ainda enfocar com profundidade alguns antecedentes: o assassinato, anos atrás, de outro pesquisador da Unifesp; o clima pesado na Universidade, que teve um reitor expulso em agosto e uma invasão nas suas dependências. Fatos que fazem parte, tenham ligações ou não, do acervo da matéria. Uma coisa pode ser outra coisa.
Sabe o que são esses inúmeros sujeitos que ficam em fente ao micro o dia todo obedecendo ordens de medíocres e reproduzindo o já sabido, sem ter a mínima curiosidade nem a formação profissional para abastecer os leitores de informação? São idênticos às criaturas do filme Matrix, que fornecem energia para um mundo virtual suspeito. O grande crime hoje não é o tiroteio, é essa omissão em massa das responsabilidades do jornalismo. Repórteres, fora da redação! Nem precisa mais disso. Com a tecnologia, a redação é você.
Falando nisso, Caco Barcellos e sua equipe mostraram na terça-feira passada como funciona o porto de Santos. O programa Profissão:Repórter é a máxima intensidade possível sobre um trabalho, o jornalismo, em decadência total. Reportagem dá problema. Pega mal na ditadura.
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