23 de novembro de 2008

NO, NO SE PUEDE


Lula agora quer rosnar com os países da América Espanhola. Mostrou os dentes para o Equador, que tem como território o equivalente aos municípios de Uruguaiana e Alegrete somados. Lula achava que o prestígio do País vinha do fato de ele ser o rei da cocada preta, o gostosão das massas, o imperador das esquerdas submissas, o pacificador dos Andes, o Abanador Profissional para as Câmaras, o Sorridente Alvar ao lado do Côco Bicho Chavez. Deixou-se fotografar com Evo Morales dando-lhe uma prensa por trás. Era filmado gargalhando ao lado dos meliantes, que tungaram o patrimônio brasileiro e agora ameaçam romper acordos internacionais. Começam com Itaipu e terminam no Acre. É esperar para ver.

A cama está feita, pois no Brasil há um grande movimento a favor do ditador paraguaio Solano Lopes, tratado como libertador, quando era apenas um ditador facínora inescrupuloso e assassino, que invadiu o Brasil (minha cidade, Uruguaiana, foi totalmente destruída pelas tropas paraguaias, que também aprontaram em São Borja e Itaqui, onde entraram em todas as casas para roubar e quando não roubavam cortavam tudo a golpes de sabres). O Chavez vem aqui e cacifa escola de samba. Sin fronteras, claro, na America Nuestra (coincidentemente, falada em espanhol). Para que fronteiras, se elas comportam para nós, brasileiros, o território maior, melhor, mais rico e mais potente? O negócio é clamar pelo internacionalismo poncho e conga a favor dos povos oprimidos. Não existe povo sem nação. Se você foder com a nação, acaba com o povo, oprimido ou não. Disso muitos brasileiros não se deram conta.

O respeito ao Brasil vinha das guerras, quando disputamos os territórios espanhóis travando uma luta de vida ou morte. Por isso o Brasil era respeitado, porque compareceu no campo de batalha. Nossas fronteiras vem dessa luta. A paz com os vizinhos vem dessas guerras, inclusive com algumas derrotas ótimas, como a contra os uruguaios, que conquistaram sua independência. Na batalha de Tuiti, os bravos mortos de ambos os lados foram queimados para não espalhar doenças. Aos milhares, uma fogueira de gente. Foi por isso. Não porque Lula é o gostosão do Atlântico ao Pacífico. Aí ele foi deixando os caras fazerem o que quisessem, não havia reação nenhuma. Si, se puede: já que o gigante gosta que lhe passem a mão na bunda, então vamos roubar tudo o que eles tem aqui dentro dos nossos países. O Assessor Cuca, Sargento Garcia, aplaudia.

Agora Lula quer rosnar. Tarde piaste. Quando sair do poder, algum estadista de verdade deve ocupar o seu lugar. Nada a ver com imperialismo tupiniquim, como querem os espertalhões gringos (para servirmos de bucha de canhão). Mas tem a ver com soberania. A Newsweek saiu com uma matéria dizendo que somos potência econômica e por isso a Gran Cucaracha está assanhada. O Brasil não é potência econômica, é quintal do imperialismo e deixa o povo na mais completa miséria. Esbagaçou o patrimônio público, atrelou a moeda às moedas mais poderosas, entregou-se à ciranda financeira, destrói sem parar as matas, mete soja e gado em tudo que é lugar, vende adoidado terra para estrangeiros, divide-se em centenas de grupos étnicos (ninguém mais é brasileiro).

O bairrismo, que despreza o Brasil soberano em favor do “sangue” de alguma nação estrangeira, é o brinquedinho dos boçais. O Brasil precisa de estadistas à altura da sua História. No, no se puede.

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