15 de julho de 2025

ENIGMA

 Nei Duclós 


Eu estava dormindo no quarto de cima

Perto do meu irmão

Que há tempo não via

Quando veio a mãe de maneira aflita

Queria que um de nós atendesse a visita

Que batia no portão da casa vazia


Por que sonhamos coisas tão estranhas

Que ao acordar não sabemos ao certo

Quem somos nós em noite tão fria?


Acho que era dia mas não havia clima

Corria uma visão de hora tardia

Nenhuma explicação apenas enigma


Quem afinal a tantas horas insistia

Seria um sinal de que tudo está no fim?


Onde então, Providência divina

Devo me segurar no sono mais simples

Se vou despertar com a mãe que já se foi

Perto do irmão que há tempo não via?


Nei Duclós

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