Nei Duclós
Eu estava dormindo no quarto de cima
Perto do meu irmão
Que há tempo não via
Quando veio a mãe de maneira aflita
Queria que um de nós atendesse a visita
Que batia no portão da casa vazia
Por que sonhamos coisas tão estranhas
Que ao acordar não sabemos ao certo
Quem somos nós em noite tão fria?
Acho que era dia mas não havia clima
Corria uma visão de hora tardia
Nenhuma explicação apenas enigma
Quem afinal a tantas horas insistia
Seria um sinal de que tudo está no fim?
Onde então, Providência divina
Devo me segurar no sono mais simples
Se vou despertar com a mãe que já se foi
Perto do irmão que há tempo não via?
Nei Duclós