Nei Duclós
Tenho sonhos que não gosto de lembrar
Edifícios vazios à beira mar
Com encontros
que mal me cumprimentam
Situações recorrentes de um lugar
Nenhum aviso ou profecia a se cumprir
Sem poderes a não ser me carregar
Para vidas paralelas sem sentido
Prefiro deixá-los onde estão
A dizer o que não ouço ou esqueço
Com segredos que talvez tenham guardado
Já basta a vida e seus espinhos
Com tanto rio a invadir as margens
Pontes que caem, guerras sem fim
E as notícias cada vez mais impossíveis
Saio da cama e enfrento o vento frio
A mente retorna do tempo que perdi
Criando histórias em vez de descansar
Sou um autor perdido entre roteiros
Dormindo filmo, depois jogo no lixo
Nei Duclós
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