Nei Duclós
Cancele o poeta
Não o convide para nada
Diga: estamos lotados
Não há mais espaço
Assim ele aprende
A ficar calado
Como ostra na água
E pássaro amargo
Prove que é nulo
Que cultiva a soberba
Bem metido a besta
Com obra obsoleta
Ficou para trás
Como um velho soneto
Não soube abraçar
A linguagem porreta
Ao passar em seu rumo
Troque de calçada
Os cães o farejam
Como um lixo na rua
Não importa se a lua
É sua musa profana
Ou se a deusa Poesia
Quer jogá-lo na cama
Nei Duclós
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