Nei Duclos
Poucas pessoas me sustentam
Não ando no andor, não ocupo templo
Vivo do que sou, E do que faço me alimento
Chamam de poema, mas é ao certo
Oração da alma em comunhão com o Tempo
Tenho essa missão, que trago de berço
Mãe católica e pai da pesca
Numa cidade que gerou o pampa
E tem busto de bronze de poetas na praça
Dos conterrâneos sou exemplar avulso
Cedo migrei para muito longe
Aqui mesmo, onde o coração é ponte
Volto menino em corpo veterano
Às calçadas que desaguam no rio
A natureza é minha fonte
A palavra, o que me alça voo
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