Nei Duclós
Por aqui passou o poema
Como vassoura de palha
Deixou estrias no piso
Forçou a porta de entrada
Veio de longe o poema
Do tempo da esferográfica
Da praia em verões da lata
Das mãos mendigas da praça
Cadernos espiralados
E de sonhos
Que já não restam
Passou por aqui, poucas marcas
Revelam sua passagem
A não ser alguns garranchos
Nas paredes da tapera
L
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