Nei Duclós
Não diga que sou tirano
Porque travo a língua com palavras pobres
O lixo que recolho serve para o sonho
Não deixo nada fora no ofício medonho
É missão de sacerdote o poeta que sofre
VendO o verbo atirado sem nada que o apanhe
Por isso reza enquanto anima o espólio
O encalhe das falas e dos relatórios
Tenho o hábito dos santos apesar de humano
Vivo no pecado das estrofes sem uso
Mas os anjos gostam e devolvem num sopro
Maravilhosa e inéditos cantos gregorianos
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