As palavras não tem dono
São como cães em viaduto
Fios de pipas que se soltam
Peixes que se debatem
Nas praias inacessiveis
Nuvens brancas transitórias
Navios fantasmas sem rumo
Palavras são provisórias
Dormem às vezes em teu pátio
Depois vão para o deserto
És caçador voluntário
De puçá feito de nylon
Querias todas as asas
Mas ficaste com a crisálida
Esperas que ela se forme
Ao longo da primavera
A fada que é o poema
Única fé que preservas
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