Nei Duclós
Náufrago, manobrei a balsa
em frente ao navio a serviço
de Sua Majestade
Deixei-me levar pelo temporal
que em ondas tentava me afogar
Mas mantive o leme
em homenagem a quem me assistia
da muralha do convés
O piloto do escaler olhava fixamente o capitão
que finalmente concordou com o resgate
Salvo pelos remadores da Armada
me perfilei, contrito, para a minha nau
que estava sendo tragada
no abismo de sal
Quando cheguei a bordo
no buque de guerra
fui saudado por mil vozes
que entoavam heróicas canções do mar
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