Nei Duclós
No meu espaço reina a liberdade
Vibrei na fortuna o estandarte
Milagre da sina, imposição
da sorte
Coube-me a estrela na divisão da arte
Nas nuvens cultivei o voo cego
Escolho o que tenho e não enxergo
talismã do berço, coração mais sóbrio
deixei fluir a vocação inglória
Aprendi no abraço o que me faz esporo
perdi no tempo o amanhecer incerto
o corpo sem cobertura, o rosto exposto
a palavra dada sem aguardar retorno
Faltava um verso para fechar a história
veio por acaso como a flor na queda
cobri o flanco para avançar seguro
levo a bandeira sem permitir a guerra
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