Nei Duclós
Imaginamos a terra e ela retribui
O berço é fruto da vigília
(o sono que se esvai entre armadilhas
do despertar tardio)
Vivemos no casulo,
invenção do uso
Criaturas datadas, somos findos
capítulos de correnteza
claros de crepúsculos
E tem o mar, que não é terra,
mas sua porção maior,
O mar é a longevidade feita de surpresa
que o húmus não supera
Vivemos entre corais, ossos de sereia
e a primavera, a
ilusão suprema
Há neve em nosso olhar
e um barco a vela
RETORNO - Imagem desta edioção: obra de Eugène Fromentin
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