Nei Duclós
Estranha, fechada. Castelo alto
no meio do nada. Chego de pés
descalços. Faço ruído na aldrava.
Um grito se manifesta. Logo fala
o voo de algumas asas libertas.
É quando apareces de surpresa
na mais inacessível janela. Rosto
impenetrável da mais bela
O cavalo saúda fazendo círculos
num trote que é mais um convite
mas sua esperança tem limites
Em ti flutua a vontade da fuga
mas não atino o motivo da fúria
E tua promessa? disse ela, nua
RETORNO – Imagem desta edição: foto de George Hurrell