Nei Duclós
És o livro que me tenta
e passo a tarde tecendo
nos parques de sujo feno
flor de plástico suspeito
Não atento ao realejo
só na forma do desejo
abraçado à tua ausência
faço de conta que escrevo
Dói demais essa doença
sem futuro nem sujeito
sigo a pé o teu cortejo
Com tanto verso, te perco
e o meu destino é o acervo
que atulho de modo incerto
RETORNO -
Imagem desta edição: obra de Toulouse Lautrec.
Nenhum comentário:
Postar um comentário