Dizer algo e ficar tudo por isso mesmo é uma situação criada pela mídia com retorno limitado, como é o caso do jornalismo impresso. Os jornais, principalmente os grandes, e as revistas de maior circulação, formaram jornalistas que adoram dizer como se nada mais precisasse ser dito.
O tom definitivo praticamente define as griffes da grande imprensa, os colunistas que escrevem sem admitir, pelo tom, nenhuma contestação. Quando há briga de cachorro grande, vemos os egos se digladiarem como se fossem linhas paralelas, já que a pose da opinião de mão única, no fundo, não admite retorno. Isso tudo está fazendo água com a internet, que obriga a granfinagem das palavras a descer do pedestal.
Ainda estamos trafegando entre o rei da cocada preta e o serial commentador. O primeiro é aquele cara que vê todo mundo de cima, principalmente os leitores. O segundo é o que abusa da facilidade da rede para escrever sobre tudo e até mesmo imitar as estrelas. O resultado é uma algaravia de monólogos. “Dizidas” pontuadas por expressões como “se é que vocês me entendem, errado!, o resto é o resto” emprestam verniz aos chamados formadores de opinião.
O que está em jogo, infelizmente, não é a posição prosaica ocupada pelos interlocutores, mas o fluxo das idéias que poderiam destravar os nós do país em ruínas. Isso acaba não acontecendo, pois estamos travados pela situação econômica, toda ela voltada para a tunga do país.
O imperialismo econômico, hoje travestido de responsabilidade social, governança, qualidade e desenvolvimento sustentável, precisa que hajam emissores incontestes de idéias e seus consumidores passivos. As fontes do conhecimento e do saber emanam de quem detém o poder econômico, ou seja, as grandes corporações e os governos dos países milionários.
Aqui, temos reprodutores dessas idéias fixas, que são os tais colunistas da política e da economia. É costume não haver uma só migalha de uma idéia original e insurgente, é tudo repeteco das modas importadas. Esse ouropel é disseminado pelos veículos de comunicação por sujeitos que vestem a glória do tom definitivo.
O álibi perfeito é o que chamam de informação. Como são fulanos bem informados, usam a sedução do fato desconhecido para justificar a posição de hegemonia. Mas com a proliferação de fontes pela internet, vindas de todo o tipo de cabeça, é fácil hoje cercar essa indiferença olímpica com o incêndio das revelações que estavam ocultas, com o fogo das opiniões geradas em espíritos livres.
Hoje o computador permite que os deuses sejam chamados de tchê-loco. Há esperneio por parte das sumidades, que a toda hora precisam se explicar. Muita coisa vai parar nos tribunais. Mas o fato é que a grossa dinheirama das cabeças feitas continua fluindo, enquanto ladra a alcatéia de iconoclastas diante da caravana bem remunerada.
RETORNO - Imagem de hoje: o rei de Espadas.
O tom definitivo praticamente define as griffes da grande imprensa, os colunistas que escrevem sem admitir, pelo tom, nenhuma contestação. Quando há briga de cachorro grande, vemos os egos se digladiarem como se fossem linhas paralelas, já que a pose da opinião de mão única, no fundo, não admite retorno. Isso tudo está fazendo água com a internet, que obriga a granfinagem das palavras a descer do pedestal.
Ainda estamos trafegando entre o rei da cocada preta e o serial commentador. O primeiro é aquele cara que vê todo mundo de cima, principalmente os leitores. O segundo é o que abusa da facilidade da rede para escrever sobre tudo e até mesmo imitar as estrelas. O resultado é uma algaravia de monólogos. “Dizidas” pontuadas por expressões como “se é que vocês me entendem, errado!, o resto é o resto” emprestam verniz aos chamados formadores de opinião.
O que está em jogo, infelizmente, não é a posição prosaica ocupada pelos interlocutores, mas o fluxo das idéias que poderiam destravar os nós do país em ruínas. Isso acaba não acontecendo, pois estamos travados pela situação econômica, toda ela voltada para a tunga do país.
O imperialismo econômico, hoje travestido de responsabilidade social, governança, qualidade e desenvolvimento sustentável, precisa que hajam emissores incontestes de idéias e seus consumidores passivos. As fontes do conhecimento e do saber emanam de quem detém o poder econômico, ou seja, as grandes corporações e os governos dos países milionários.
Aqui, temos reprodutores dessas idéias fixas, que são os tais colunistas da política e da economia. É costume não haver uma só migalha de uma idéia original e insurgente, é tudo repeteco das modas importadas. Esse ouropel é disseminado pelos veículos de comunicação por sujeitos que vestem a glória do tom definitivo.
O álibi perfeito é o que chamam de informação. Como são fulanos bem informados, usam a sedução do fato desconhecido para justificar a posição de hegemonia. Mas com a proliferação de fontes pela internet, vindas de todo o tipo de cabeça, é fácil hoje cercar essa indiferença olímpica com o incêndio das revelações que estavam ocultas, com o fogo das opiniões geradas em espíritos livres.
Hoje o computador permite que os deuses sejam chamados de tchê-loco. Há esperneio por parte das sumidades, que a toda hora precisam se explicar. Muita coisa vai parar nos tribunais. Mas o fato é que a grossa dinheirama das cabeças feitas continua fluindo, enquanto ladra a alcatéia de iconoclastas diante da caravana bem remunerada.
RETORNO - Imagem de hoje: o rei de Espadas.
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