Nei Duclós
Lanço-me à aventura no barco grosso
Feito de árvores no seu começo
Arbustos frágeis mas é o que temos
Foi-se o naufrágio, quase morremos
Somos teimosos, sobrevivemos
À chuva, o frio e as doenças
E hoje a ilha já vai distante
Bem devagar nos aproximamos
De nossa crença de um novo tempo
E que há um Deus por trás de tudo
Jugo de amor apesar de bruto
Somos tão poucos mas vela e remos
Nos levam longe onde houver chance
Quem sabe a Terra, Paris ou Londres
Quem sabe o sonho por mais estranho
Dependemos do vento e das estrelas
Dependemos da bússola
Feita de arame
Dependemos da sorte no mar adentro
Dependemos do corpo, rota suprema
Dependemos da vitória, que jamais chega
Cais da esperança onde pousamos
O rosto amargo no ar espesso
Nei Duclós
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