Nei Duclós
Águas de abril inauguram o friO
verão é passado, o inverno por um fio
O ano avança numa procissão de horror
Deus crucificado, a prece sem remédio
A compaixão no andor da misericórdia
A mãe chora pedra na arte da Pietà
A morte é completa na gruta da fé
As três em ponto da tarde
O linho abrigou o corpo sem sangue
Começou assim o manto redivivo
A dor gerou o sonho e o amor veio da água
Nei Duclós
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