Nei Duclós
O anjo que sopra o poema
Anônimo perfil de um sistema
Cansou de ser coadjuvante
Invisivel e sem reconhecimento
Quer brilhar, dizer sou eu mesmo
O cara que seduz com a palavra
E se confunde com quem na aparência
Incorpora mas não reinventa
Recita a refeição que vem pronta
Nesse ofício cumpro uma pena
Estou preso sem assinatura
Sou aquele que não se revela
o anjo que ainda nos resta
Das antigas hostes celestes
Sou o exímio flautista da lenda
Que atrai sentimentos e sonhos
Sou a verdade que enfim se liberta
Nei Duclós
Nenhum comentário:
Postar um comentário