Nei Duclós
Não luto mais pelo que é seguro
Nem acredito em lendas do passado
Planto no presente o fruto maduro
O que procuro sem nenhum cuidado
Ingênuo, direis, isto está previsto
A falsa isenção dos derrotados
Fujo da determinação do que está escrito
Sujam meu nome e invadem minha casa
Pois passem ao largo, inconscientes pálidos Verdugos de uma operação datada
Tenho o tirocínio contra o certo errado
Cumpro o que ninguém decide em desacato
Não há heroísmo no cidadão à parte
O que denuncia a voragem dos esbirros
Anotações de punições falsas
Cultivo apenas uma convicção, a coragem
Faço da linguagem minha secreta arma
O poema que esqueces mas te põe em guarda
Nei Duclós
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