Nei Duclós
Outono chega, mesmo que o verão, irmão mais moço
Espiche a estação do sufoco
E torne tardio o clima doce
O frio que nos liberta do calorão em pele e osso
Outono é o coração do ano
Sua pulsação, seu abandono
Encontro que vira adeus
Janela de trem em cais do porto
É quando vens, no colo do sonho
Braço de mim, saída de banho
A dormir comigo, depois do tombo
Da fruta que cai ao desistir da planta que a sustenta
E se aninha em fogo brando
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