Nei Duclós
Aos poucos adquirimos o mesmo rosto
Que mostramos com o verniz dos algoritmos
Que confundem as idades
Como se tivéssemos todos nascidos hoje
As diferenças se foram para as memórias e o sonho
Lidamos idênticos sem nenhuma chance
De existirmos fora desta redoma
Somos o espelho do mundo novo
Enquanto o tempo devasta os contemporaneos
Quem acabou de ir embora?
Talvez o amor, talvez a infância
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