27 de janeiro de 2021

CABANA

 Nei Duclós 


És o que me falta, gentil pastora

Motivo dos meus dias, régia doçura 

Estou no teu rebanho, fonte da montanha

Banhas tua pele de mel e neblina


Quem vê acha que estou delirando

Preso na armadilha do pesadelo urbano 

E que não há natureza no entorno bárbaro 

Muito menos a musa, fervor de devoto


É que, como tu, tornei-me  invisivel

Enxergam a ruína, e não  a cabana 

Onde moramos,  no reino remoto

Na cordilheira onde Deus bebe água 


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