É penoso o ofício do poema
Evitar os truques do sentimento
Pensar em soluções não redundantes
Manter o verbo claro na penumbra
Criar é sombra para sair do espelho
Não entregar o segredo que faz vento
Mergulhar quando tudo é superfície
Voar se for nuvem, pousar se me convences
Sair inteiro do naufrágio
Desistir para que todos vençam
Entregar-se à correnteza, colar de pedras
Emergir no barro antes do Gênesis
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