Nei Duclós
Desisto de pensar. A ação perversa
impede a razão em seus domínios
Deixo-me levar, o tornado é líquido
e varre o mar, nossa superfície
Lembro o esforço de tornar nítido
o clarão soterrado em nebulosas
Era boa a sensação de alívio
quando a mente acertava o estribo
Guio-me por metáforas, cega epifania
O raciocínio mudou de bar, bebe escondido
Converso com as cadeiras no salão vazio
Toda ocupação perdeu a serventia
Sinto para ter o que a tragédia muda
levou entre correntes, a consciência pura
Talvez o coração devolva a lucidez perdida
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