Nei Duclós
O poeta não vira cinza
como o tirano
Não beija a lona
quando se fina
O poema fica, inesquecível
Não toma tempo
como o discurso
Não diz mentira
para ser visto
Sua palavra é suja
por ser humana
E ruge sem puxar
o gatilho
O poeta exerce um oficio
Carpinteiro de nuvens
pedreiro de sílabas
Nenhum comentário:
Postar um comentário