9 de maio de 2015

ARRABALDES



Nei Duclós

Sou eterno
Duro por gerações
migro no tempo

Ave sobre o mar
foco em sobreviver
por puro êxtase

Me vês quando leio
teu ser ausente
neón em noite séria

Toco o jazz sem freio
que os anjos sopram
nos arrabaldes

Não há mistério
quando estamos rentes
olho nu em pelo

Sou o vento
palavra repetida e solene
talismã da minha sorte



Nenhum comentário:

Postar um comentário