1 de dezembro de 2011

SUFOCO


Nei Duclós

Não dá vencimento a poesia
no risco gerado pela ausência
lance feminino de enxadrista
espesso tabuleiro do assédio

Me deixas seco um dia inteiro
e depois dois, não há limite
para a crueldade e o desespero
Qual o sentido daquele aceno?

A vontade que não dá um tempo
invade a areia como um transatlântico
mas brincas de barquinho no silêncio

Pareces alguém com a margarida
no jogo fingidor que não me liga
no sufoco da pétala indecisa



RETORNO - Imagem desta edição: obra de Julius Leblanc Stewart

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