Os SACs, Serviços de Atendimento ao Cliente, foram feitos para deixar bem explícito o objetivo das corporações: levar o delas e te deixar na mão. Antes dos SACs, você duvidava se faziam isso de propósito. Se não entregavam o produto pago por algum descuido, jamais por má fé. Se te vendiam porcaria chinesa como se fosse indústria brasileira por um erro no sistema de tributação. Ou se te empurravam coisas estragadas por desconhecimento e não, como se descobriu por meio dos Sacs, que fazem isso porque gostam.
Pois tente “recramar”, como eles dizem (“ué, mas ninguém recramou até agora!” ). Você vira a serpente mordendo a própria cauda. Pois um te manda para o outro e o outro para o um. O expediente sacana que usam é abrir, indefinidamente, o chamado protocolo. Você “recrama” e eles abrem um protocolo. Aí fica tudo por isso mesmo. Você liga de novo e abrem novo protocolo. No décimo você desconfia que estão te fazendo de trouxa. Ou seja, o problema não é o gerundismo, isso é só sintoma da doença (“vamos estar te devolvendo o dinheiro” ha ha ha ha ha) . O problema é a bandalheira, mesmo.
Por isso criei o SACO – Serviço de Atendimento ao Cliente Organizado. Aqui, você aprenderá qual o verdadeiro sentido dos SACs, o que eles dizem entre si, com todas as letras, o que escondem nas entrelinhas e nas vozes agradáveis. Com esse acervo, você poderá usufruir melhor a quantidade de vezes em que é enganado e poderá assim mandar tudo para o saco sem precisar ir ao Procon. Você se organiza para enfrentar a cara de pau dos SACs. Não vai precisar mais dormir ao lado do telefone esperando o momento em que, enfim, ameaçam te ouvir e aí cai a ligação. Vamos aos itens:
SAC boa tarde. Rosicreide falando. Estamos aqui para atendê-lo. Enquanto isso, aproveita para ir tomar no teu cu.
O produto não chegou? Que pena. Deve ter sido desviado. É, sim, roubaram o caminhão. Aonde? Em Portugal. É verdade. Os portugueses agora deram para isso.
É produto americano, sim senhor. Não, não é chinês. Estragou na hora de abrir? Culpa sua. O senhor abre sem cuidado. Vamos abrir um protocolo.
Isso mesmo, não vamos entregar. Por que? Porque a fábrica faliu, ué. Aqui somos apenas um número de telefone.
Ah, a senhora recebeu o produto que dissemos que não ia ser entregue? Agora é problema seu. Comprou outro? O que vai fazer com o nosso artigo? Vende para o ferro velho.
Quer que a gente “busca”? A gente busca. Mas não vá querer receber de volta o dinheiro ou ganhar outro artigo substituto. Roubar a gente rouba, devolver, nunca. Não costuma ver o noticiário político não?
A senhora quer agradecer? Pelo quêêê? Ah, gostou do atendimento? Posso lhe garantir: foi descuido. Na próxima vez, e haverá próxima vez, já que a senhora está tãããão satisfeita, a gente provindencia uma sacanagem, entendeu? Vai agradecer quem te pariu. Saco.
RETORNO - Imagem de hoje: tecnologia de ponta de faca. Ninguém "recrama".
Pois tente “recramar”, como eles dizem (“ué, mas ninguém recramou até agora!” ). Você vira a serpente mordendo a própria cauda. Pois um te manda para o outro e o outro para o um. O expediente sacana que usam é abrir, indefinidamente, o chamado protocolo. Você “recrama” e eles abrem um protocolo. Aí fica tudo por isso mesmo. Você liga de novo e abrem novo protocolo. No décimo você desconfia que estão te fazendo de trouxa. Ou seja, o problema não é o gerundismo, isso é só sintoma da doença (“vamos estar te devolvendo o dinheiro” ha ha ha ha ha) . O problema é a bandalheira, mesmo.
Por isso criei o SACO – Serviço de Atendimento ao Cliente Organizado. Aqui, você aprenderá qual o verdadeiro sentido dos SACs, o que eles dizem entre si, com todas as letras, o que escondem nas entrelinhas e nas vozes agradáveis. Com esse acervo, você poderá usufruir melhor a quantidade de vezes em que é enganado e poderá assim mandar tudo para o saco sem precisar ir ao Procon. Você se organiza para enfrentar a cara de pau dos SACs. Não vai precisar mais dormir ao lado do telefone esperando o momento em que, enfim, ameaçam te ouvir e aí cai a ligação. Vamos aos itens:
SAC boa tarde. Rosicreide falando. Estamos aqui para atendê-lo. Enquanto isso, aproveita para ir tomar no teu cu.
O produto não chegou? Que pena. Deve ter sido desviado. É, sim, roubaram o caminhão. Aonde? Em Portugal. É verdade. Os portugueses agora deram para isso.
É produto americano, sim senhor. Não, não é chinês. Estragou na hora de abrir? Culpa sua. O senhor abre sem cuidado. Vamos abrir um protocolo.
Isso mesmo, não vamos entregar. Por que? Porque a fábrica faliu, ué. Aqui somos apenas um número de telefone.
Ah, a senhora recebeu o produto que dissemos que não ia ser entregue? Agora é problema seu. Comprou outro? O que vai fazer com o nosso artigo? Vende para o ferro velho.
Quer que a gente “busca”? A gente busca. Mas não vá querer receber de volta o dinheiro ou ganhar outro artigo substituto. Roubar a gente rouba, devolver, nunca. Não costuma ver o noticiário político não?
A senhora quer agradecer? Pelo quêêê? Ah, gostou do atendimento? Posso lhe garantir: foi descuido. Na próxima vez, e haverá próxima vez, já que a senhora está tãããão satisfeita, a gente provindencia uma sacanagem, entendeu? Vai agradecer quem te pariu. Saco.
RETORNO - Imagem de hoje: tecnologia de ponta de faca. Ninguém "recrama".
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