Nei Duclós
Não posso fazer da solidão o meu conjunto
Nem da tristeza meu tambor de banda
Não tenho álibi, meu crime é o canto
Puxo o cordão de um bloco de sujo
Perguntam se sofro e porque não resolvo
Essa situação que mais parece o corso
Desfilo sem razão ou comedimento
Empurro o carrossel para que se divirtam
Assim posso mais tarde ficar num ponto
Onde nada me atinge, nem sequer o anjo
Que sopra esses versos, cultura do pântano
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