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7 de abril de 2012
FLOR DO TEMPO
Nei Duclós
Queria celebrar o dia simplesmente
e sim, estarás dentro, naturalmente
um soneto enfeitado adverbialmente
num parnaso diferente, up-to-date
que diga algo de ti, maravilhosamente
cútis de seda, olhar violeta, estridente
para que eu sucumba miseravelmente
com a mania do verso, vicio impudente
Um poema sem as mil firulas do presente
e que não tenha saudade, moras em frente
e eu passo por ti interminavelmente
Sou meio atrapalhado musa do sol poente
que no crepúsculo me lança beijo ardente
despertas a manhã em mim, flor do Tempo
RETORNO – Imagem desta edição: Gloria Swanson.
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