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Nei Duclós
Sempre fui assim.
Um verso na sarjeta.
Barco de papel na enxurrada.
Banco do meio fio na aventura.
Guia de memórias no crepúsculo,
quando o sol bate no rio,
explode de amor e se apaga.
Sempre serei o que te viu primeiro
na cidade perdida
quando nem eras ainda
a única estrela na tarde luminosa
Sempre sou o que te abraça
quando todos soltam.
O que te beija
quando viram a cara.
O que te quer
no espaço infinito onde te aguardo
Mulher que o destino me reserva
senta comigo na calçada
vai passar o corso, a mocidade
Vamos aplaudir juntos
o prazer de sermos o avesso
do universo lotado de lágrima
RETORNO – Imagem desta edição: cena de City Lights, de Chaplin.
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