O pouco que me vês já extrapola
Porque te vejo pouco, e bem menos que outrora
Agora preservamos o que já foi excesso
Grude no sofá, aliança de noivado
Enxergas uma parte, meu rosto transtornado
Por sofrer de ausência, e o resto eu resguardo
Pois não necessitas saber como não vivo
Vegeto entre livros na casa abandonada
Mas permites que eu olhe nas fotos tão escassas
A barra do vestido que no namoro usavas
E que eu explorava por baixo num arrulho
Expiravas de amor, pomba em minhas palmas
O corpo estava inteiro, mas não mais intacto
Rasgamos no cruzeiro quando fomos ao Caribe
Lá morava o sol, calor que hoje nos falta
Rubra em tua pele, polvilhada de sardas
Nenhum comentário:
Postar um comentário