Não tenho direito ao amor
Não por ter jogado fora as chances
Mas por ser destino, como sofá
na sala entre móveis e tapetes
Acompanhado mas sem companhia
Porque todos se foram
E lençóis brancos cobrem a casa
Não há mais mudança mas demolição
A fantasia faz parte da desconstrução
As cenas se repetem e não há saida
Na imaginação que por um tempo havia
Não nasci para o amor, como no exílio
me despedi da última surpresa
Que veio me ver estando ocupada
E deixou um rastro de perfume caro
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