Juro que tinha a lua
De dia. Pálida
Confundida no céu
De abril. Frágil azul
Que a continha
Logo acima do muro
Entre os postes e os fios
De luz. Disfarçava
Por ser timida? Ou por ser
Bruxa? Olhava-me achando
Que eu não a via
Quase não percebi
Mas tenho olho de tigre
Enxergo quem me assedia
Sob vestidos de vidro
Que mostra a flor
Mais íntima
Sou tua, ela me diz
Trêmula de tão felina
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