Ficar só é uma arte que aprendo por acidente
Não fechando portas mas ao desistir por dentro
Depois que a ruptura estraga o sentimento
E nada vale a pena na ilha deserta
Cultivamos cereais e inventamos jogos
Atiramos em quem de nos se aproxima
Meu único amigo é o horizonte
Que se afasta mesmo que eu chegue perto
A pomba que faz sinais ao voar em bandos
Nada me traz, náufrago do oceano
Não me fale em amor, barco a remo
A convidar o norte nesta alma errante
Sei que aguardas a esperança da palavra certa
Mas eu a escondo, venha para a terra
Quem sabe o tesouro brilhe no monturo
E o escuro dos meus olhos ache a estrela Dalva
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