Esperas o poema na parada mais próxima
Ele virá de longe na hora incerta
Todas as linhas já passaram céleres
Mas tu, fiel ao ponto, és um ângulo reto
Sentada no banco que agora é deserto
Olhas a esquina na esperança das luzes
Lotação com poucos saltimbancos
Sonora vigília de noite no ermo
De repente ele surge, montado na nuvem
Traz doces e frutas na bagagem imensa
Abre a porta para que subas
O poeta te lança um olhar de criança
E te cerca de amor de adulto e confiança
O poema tarda mas chega
porque vive em teu peito
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