Nei Duclós
Na outra vida está escuro e tateamos em busca dos óculos
Não sabemos o acontecido
Não há memória da passagem ou antes dela
Nossas mãos procuram o para sempre perdido
Uma neblina se impõe e um anjo triste
Repete a ladainha sobre o futuro
Acho enfim os óculos
Volta a luz que estava cortada
E eu retomo o verso para te flagar nua
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