Nei Duclós
O mundo anda depressa
E ficamos à margem
Em paisagens que só aparecem para nós
Não me refiro a memórias
Que estas estão na fila do comboio
Que nos deixou para trás
Mas em hábitos, lembranças sem importância
Ideias de leituras ou canções que ninguém mais visita por
estarem acessiveis
Penso que inexisto como personagem possível
E estou em quintais que as águas invadem
Ou viram condomínios
Náufrago, descubro que meu bote salva-vidas
Aportou num cais decaído
De um mar, falsa teoria, e que sou apenas
O único leitor de uma biblioteca submersa
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