Nei Duclós
Tudo, perto de ti, perde em beleza
das aves ao algodão da via láctea
quando o sol se põe pede tua bênção
numa oração situada além da estética
Não falo em compensação interna
esse álibi do susto em pose tétrica
virtudes que no espelho pregam peças
princípios que
mascaram os tropeços
Falo da beleza mesmo, a que evapora
toda e qualquer ameaça que contesta
a geração do sonho de um virtuose
Tocas um violino em cena aberta
esses teus olhos e as linhas da beldade
brilhas mais do que a Lua nesta noite
RETORNO – Imagem desta edição: Audrey Hepburn.