Teu ciúme é bizarria, e toma tempo
não faz sentido pois sequer me amas
tens a posse de um quintal baldio
não te pertence, assim mesmo mandas
Vê se te afasta, avulsa, do meu sítio
onde proliferam as flores da montanha
que trouxe das viagens e hoje medram
lindas e molhadas, para sempre e quando
Queres fechar o jardim, e colocar chumbo
no lugar onde hoje existe espanto
não sei qual o motivo desse dano
Talvez me queiras tanto e com tal zelo
como diriam os poetas de acalantos
que para dar é preciso que destruas
RETORNO - Imagem desta edição: obra de Jean-François Millet.