Nei Duclós
Nítida no céu a líquida estrela
Se desfaz em luz que molha a noite
Silêncio do sereno em íntimo descenso
A pousar no chapéu que já não tenho
Fim de estação em teu olhar de feltro
Retumba o coração na sala do mistério
Plena de amor ainda sem apoio
Nenhum dom à vista no ofício da pele
Sobe a lua cheia assombrada pelo medo
Ela não pediu para entrar nesse universo
Pertence sabe-se a quem, criatura sem retoque
Origens talvez no que jamais tem preço
Esse sino que é o tempo nas dobras do relógio
Nenhum comentário:
Postar um comentário