Poesia é aquilo que faz falta
Fatia rara apesar de tanta oferta
E que reclamas quando minha overdose
Descansa um pouco para retomar o fôlego
Num acesso idêntico a Baudelaire
Que perguntava: e o lado belo da vida?
Ao vidraceiro que não tinha o colorido
No seu produto, insosso e irrefletido
Assim me jogas na cara ao ser omisso
E esquecer do amor, que é o meu ofício
São flores de um mal súbito estes versos
Que cobrem tua doçura de acalantos
Eles te mal acostumam, musa ansiosa
E não dão trégua ao trovador insano
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