9 de setembro de 2018

MATINA

Nei Duclós


O dia que nasce por acaso
Impondo seus redutos de domínio
De luz colhida em espaços físicos
No ritmo de um risco calculado
E te convida não por terapia
Mas porque arrasta a vida para seu lado
E te desafia a ter cuidado
De não partir antes da hora

Esse é o sopro de uma profecia
Que afasta teu sonho da preguiça
Chama-se levante e vem do leste
A celebração que aguardas por um século
E no entanto a teus pés se deposita
cada matina em que negas sua existência

Mas ela insiste nesta sina repetida
Com sua túnica de impuro azul celeste





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