É de fundo falso minha caixa de mágicas
Onde retiro os dons e o poder das palavras
E que te sobra por transbordar o jarro
Água que inunda como as tempestades
Pergunto se há limite para tua sede
Já que a minha cabe na fonte mais óbvia
Se é possível o convivio, tu no fio da espada
Eu a paisana, vestido como os pássaros
Jamais estaremos na mesma sintonia
Não procuro a trilha onde te disfarças
Porque sou da natureza, voo a céu aberto
Levo a uva que vai gerar o vinho
Não mato o cordeiro, o sangue derramado
A mesa é o espaço do fruto solidário
Espessa é a fome que se serve do ciúme
Quem está por perto é Deus e sua fibra
Que providencia a força, impulso dos cardumes
Nossas oferendas são o pão e a carne
E a noção do que faremos depois do crime
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